segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A estória bela e fudida de Tonico Botequero 1

- Eai gostosa?
- Eai peitchola...
Cenas como essa sempre repetidas em meio a muito uísque barato e cigarros de pouca qualidade eram protagonizadas noite após noite por Tonico Botequero nas esquinas e bares da Vila Madalena. Apesar do jeito largado, paletó descosturado e uma calça que já esperava aposentadoria, Botequero não se encaixava bem assim, nem de forma estética, nem social naquele ambiente. Era o perfeito boêmio, mas não baladeiro. Em sua moda constava o bigode cheio e a barba por fazer. Mesmo não sendo um grande detalhista quanto ao modo de se vestir ou mesmo de agir, não raras vezes, sobrava uma mulher para Tonico nos fins das madrugadas, obviamente já bêbadas.
Se comparado a um personagem a literatura seria Vadinho do Jorge Amado. O perfeito malandro. Costumava beber toda a noite, e geralmente sem o mínimo que garantisse suas despesas.
Apesar de canalha, era amigo de todos, o que fazia com que seu copo nunca secasse.
Era impossível de se imaginar Botequero aos prantos nesses bares na cola de qualquer uma dessas garotas. Mas é em uma dessas esquinas, que o malandro, boêmio, beberrão, safado, desempregado, maltrapilho e mais tantos adjetivos negativos Tonico Botequero se apaixona por uma velha puta aposentada...

continua....

3 comentários: